Exame da Ordem: o pavor do Bacharel em Direito é só “mamão com açúcar”; seja um concurseiro e verás!

De antemão, quero pedir desculpas aos que desejam exercer a Advocacia e ainda são bacharéis ou acadêmicos de Direito, pois tenho algo a dizer: por mais que soe sarcástico e até egoísta a verdade é uma só - vocês não viram nada!
Estudar durante o curso todo, para alguns, parece ser o maior sacrifício a fazer até se tornar bacharel em Direito e conseguir aprovação no Exame da Ordem, no entanto, os bem preparados têm êxito antes mesmo de estarem aptos a exercê-la, uma vez que conseguem passar já no 9º ou 10º semestre, quando fazem a prova para “experimentar”. É aí que está a comprovação de que o Exame da Ordem não é tão difícil assim.
Sejamos honestos, fazer uma prova como a da OAB, que se necessita apenas de um certo número de pontos para aprovação não é a mesma coisa que realizar provas de concurso onde se exige, além de um mínimo de pontos, outros critérios, e já se tem de antemão a quantidade de vagas pré-determinadas.
Todos devem saber como funcionam os concursos públicos. Muitos deles exigem do candidato um mínimo de 60% de acertos em toda a prova, além disso 50 ou 60% em cada área do conhecimento, e vários outros critérios que ficaria aqui a escrever, linhas e mais linhas. No entanto, com essa “pequena” percentagem necessária para aprovação, nos certames específicos para os operadores do Direito, não “entra” ninguém. Falo com a experiência de quem, volta e meia, alcança pontuação bastante superior a citada e ainda está fora do MP, Defensoria e/ou Procuradoria de Estado.
Os concursos públicos, além de determinar o número de vagas e uma percentagem de acertos para classificação, há uma infinidade deles que exigem mais (prova dissertativa, oral, física, psicotécnico e quase sempre de títulos – neste último caso, se é superior, sempre haverá). Quem tiver título, muitas vezes, sai na frente já na segunda etapa do certame - seguir investindo em estudo é a principal tática para aprovação, JÁ, SE DESEJAM SER ADVOGADOS ….., muitos exercem a Advocacia sem ter qualquer especialidade e se creem “Doutores”.
Com esta novidade que chegou em pleno dia do Advogado muitos devem estar eufóricos. Fico feliz por eles, todavia novos desafios hão de enfrentar para seguir nesse mercado que já está defasado, imagine após a entrada de milhares de “novos Advogados” – o que já custava 17 reais passará a custar 10; é a “lei da oferta e da procura”.
Por outro lado, os que preferirem seguir estudando para tentar concursos saberão que o exame da ordem não é e nunca foi esse “bicho de sete cabeças”, tem apenas uma, o verdadeiro “bicho” é o que enfrentarão fazendo provas para se tornar servidor público. No exame você tem que estudar todo o conteúdo que fez durante os 5 anos de faculdade, já nos concursos (superior Direito) você tem que estudar tudo e mais: atualidades, informática, Português, Redação e dependendo de qual seja (Delegado Federal e Receita Federal, por exemplo), terá Contabilidade, Administração e Economia – Gostaram? Pois é, para quem acreditava que “sofria” estudando para ser Advogado, taí um um real sofrimento.
- Ahhh, ia me esquecendo: para Delegado Federal ou de Estados ainda tem o físico e o psicotécnico, gente da minha idade que não é chegada à atleta não passa nessa fase!
Aos que lutaram até hoje pelo fim do exame e se sentem felizes com o possível resultado só desejo sorte e sucesso, afinal parece não haver mais nada que impeça isso de acontecer – no entanto, prefiro usar de minha experiência e tempo como Advogada para seguir tentando a Advocacia Pública, pois essa aqui, para mim, infelizmente e sem hipocrisia já deu o que tinha de dar! Essa coisa de “só depende de você” é pura balela de quem nasceu com a vida ganha ou papai para investir!

Novidades acerca do Exame da Ordem:

por Consultor Jurídico em 11 de agosto de 2015 às 19h:58m O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) apresentou nesta terça-feira (11/8), à Comissão deConstituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, parecer favorável a seis projetos de lei que eliminam a necessidade do Exame de Ordem para o exercício da advocacia.
Exame da Ordem o pavor do Bacharel em Direito s mamo com acar seja um concurseiro e vers
Não há porque continuar existindo apenas para a Ordem dos Advogados do Brasil um privilégio ilegítimo, inconstitucional e absurdo, que encontrava justificativa na mentalidade do Império, de onde se originou”, afirma no documento. Para ele, a obrigatoriedade da prova viola o Estado Democrático de Direito, “pois afirma que a Ordem está acima das demais associações ou representações de classe, expressando privilégio odioso e que deve ser erradicado de nosso meio”.
O deputado disse ter analisado manifestações de uma série de bacharéis em Direito de todo o Brasil, além de lideranças políticas, estudantes, entidades e até familiares de bacharéis que se esforçaram para formar os filhos e não conseguiram passar no exame.
Barros apontou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já se declarou contra a obrigatoriedade da prova, por entender que a restrição de acesso à profissão“atinge o núcleo essencial do direito fundamental à liberdade de trabalho, ofício ou profissão, consagrado pela Constituição”. A tese foi abordada em parecer de uma ação que tramita no Supremo Tribunal Federal. No caso, o STF declarou que o exame é constitucional.
Os projetos aprovados pelo relator são: 2.154/2011, 5.801/2005, 7.553/2006, 2.195/2007, 2.426/2007 e 2.154/2011. As propostas tramitam em caráter conclusivo e serão analisadas pela CCJ. Se o relatório for aprovado, a matéria vai seguir direto para o Senado.
O fim do exame também é apoiado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já tentou inserir mudanças em ao menos duas ocasiões: em 2003, ele incluiu uma emenda na medida provisória que criou o programa Mais Médicos; em 2014, incluiu o fim da taxa de inscrição no Exame de Ordem no relatório de outra medida provisória que mudava questões tributárias e contábeis.
A posição do relator do projeto e do presidente da Casa, no entanto, nada tem de unânime. Ainda nesta terça-feira (11/8), em sessão solene em homenagem ao Dia do Advogado, o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) afirmou que lutará "em favor da advocacia na aprovação de projetos como tornar obrigatório o Exame de Ordem para todos os que quiserem se inscrever como advogado". O tucano disse que a prova é "importantíssima para garantir à sociedade profissionais qualificados, conhecedores do dispositivo legal para defender o cidadão e não lesá-los".
O parlamentar Marcus Vicenti (PP-ES) também garantiu que seu partido e os mais de 120 advogados que são deputados vão se empenhar pela manutenção do Exame da Ordem. "Queremos profissionais preparados, que possam constituir-se verdadeiramente como a voz do cidadão, como face da justiça plena na luta pela igualdade social", disse. Com informações da Agência Câmara Notícias.
FonteConjur
AutoriaElane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: amodireito. Com


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