Canibalismo e alucinações são alguns dos efeitos de novas drogas disponíveis no mercado


Canibalismo e alucinaes so alguns dos efeitos de novas drogas disponveis no mercado
"Apocalipse Zumbi", o filme, foi nele que pensei quando li essa reportagem. Imagine se essa nova droga tenha um uso tão "comum" quanto o do "crack" no Brasil. Certamente não poderíamos nem passar perto de um local que fosse parecido à Cracolândia, pois seríamos, literalmente, comidos vivos!

A Reportagem do R7 13/5/2015 às 00h30

Debaixo de um viaduto, em plena luz do dia, um homem se aproxima de um morador de rua idoso que cochila depois do almoço. Com movimentos rápidos, morde, mastiga e devora os olhos, bochecha, nariz e boca da vítima. Para evitar que a presa se defenda, o rapaz esmurra seu peito e lhe quebra uma costela.
O que parece ser o ataque de um canibal em um filme aconteceu de verdade em Miami (EUA), em 2012, e foi fruto da reação à ingestão do Cloud Nine, uma das drogas que vêm se popularizando no Brasil e preocupando médicos e familiares de jovens que ainda constituem a parcela mais expressiva de usuários em todo o mundo.
Os nomes dos entorpecentes da moda lembram itens do catálogo de uma loja esotérica — sais de banho, incenso do mal, pandora, spice, citron. E, embora divirjam nas formulações e ação alucinógena, em um aspecto eles são muito parecidos: os efeitos devastadores no organismo.
O comportamento canibal de Rudy Eugene, por exemplo, que mastigou vivo Ronal Poppo nos Estados Unidos, é típico das catinonas sintéticas, derivados da anfetamina produzidos junto com uma planta chamada khat, nativa da África oriental.
Quem usa este tipo de droga — que tem apresentação em forma de cristais (daí os tais sais de banho que batizam a maioria dos modelos vendidos no Brasil) ou pó similar à cocaína — sente, em um primeiro momento, um aumento considerável na libido e na sociabilidade. No entanto, poucos minutos depois, já é invadido por um quadro de agressividade incontrolável, acompanhado de psicose grave que gera alucinações severas, como no caso do ataque americano.
Para a psiquiatra Fernanda de Paula Ramos, especialista em dependência química, a psicose é o traço mais perigoso da droga, que é vendida na internet em sites estrangeiros por preços que variam entre R$ 250 a R$ 650 o saquinho com quatro gramas.
— As catinonas também são vendidas como sais de banho, fertilizantes ou repelentes de inseto, numa tentativa de mostrar que são inofensivas e que têm outra finalidade. As mais comuns são a mefredona, a metilona e o MDPV, todas proibidas no Brasil desde 2012. Podem ser cheiradas, usadas via oral ou injetadas, e não são detectáveis na urina. Por isso, os pacientes chegam à emergência e nós, médicos, não temos como ter ideia de que usaram isso, a menos que eles nos digam.
Vendidos como parentes industrializados da maconha, os canabinoides sintéticos constituem outra categoria também capaz de arrasar corpo e mente dos usuários. Causam, entre outros sintomas, quadros de infarto, AVC, danos renais, crises de pânico, psicose e até mesmo a morte.
— Temos relatos de colegas que trabalham em pronto-socorro que dão conta de que houve um aumento de 30% nos atendimentos em relação ao que acontecia apenas com a maconha. Trata-se de uma designer drug, que tem como única finalidade “dar barato”, ser uma droga de abuso. Também é vendida na internet, e traz no rótulo a informação de que não é própria para consumo humano, a fim de burlar fiscalização.
Ficou famoso no mundo todo o caso de Connor Reid Eckhardt, um jovem americano de 19 anos que morreu em junho de 2014 depois de dar uma única tragada em um cigarro feito de maconha sintética. Nos Estados Unidos, a droga é vendida livremente como incenso em lojas de conveniência, e custa cerca de R$ 40.
Ao chegar já em coma ao serviço de emergência, Eckhardt confundiu os médicos, que não conseguiram fechar um diagnóstico baseados apenas nos sintomas. A solução do caso veio porque um pacote de spice — nome mais comum da droga — foi encontrado no bolso do rapaz. Por causa do inchaço no cérebro causado pelo uso da substância, o jovem teve a morte cerebral decretada ainda no mesmo dia.
De acordo com Fernanda, 91,3% dos usuários de canabinoides sintéticos também fazem uso da maconha. A psiquiatra conta que os primeiros dados sobre a existência do spice são de 2004, e que até 2014 já havia o registro de novos 134 canabinoides sintéticos — destes, 101 criados só no ano passado.
— Os fabricantes mudam um átomo, uma única molécula da composição, e aí, com isso, a substância não consta mais na lista de proibidas. Há histórias de carregamentos da droga apreendidos, mas em que nada pôde ser feito.
Embora a causa da morte do estudante Victor Hugo dos Santos tenha sido afogamento, a sequência dos fatos que levaram ao óbito no famoso caso — acontecido na raia olímpica da USP (Universidade de São Paulo) em 20 de setembro do ano passado — teve como estopim o consumo de outra droga famosa entre os jovens, o NBOMe.
Alucinógeno potente, descrito muitas vezes como um LSD sintético, o NBOMe gera desde uma leve confusão até mesmo a morte. De acordo com o psiquiatra Leonardo Paim, uma estimativa global recente feita via internet apontou que 11% dos frequentadores de casas noturnas conheciam a droga.
— Ele causa formigamento primeiro na língua e depois no corpo inteiro, tremores, aumento da atividade psicomotora, sintomas alucinatórios clássicos dos psicodélicos, alucinação auditiva e visual e distorção do tempo.
Embora os números de usuários ainda sejam vistos como pouco expressivos, Fernanda reforça um dado preocupante, que pode apontar o rumo do consumo das drogas da moda no Brasil e no mundo.
— As pessoas podem não lembrar, mas, quando o crack surgiu, apenas 1% da população fazia uso da substância. Hoje, como se sabe, a situação é bem diferente.
Comentários: Elane Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: Thinkstock e R7 notícias

Transtorno da Personalidade: mau humor crônico e instabilidade emocional; conhece alguém com essas características?

Transtorno da Personalidade mal humor crnico instabilidade emocional Conhece algum com essas caractersticas
A Medicina Legal e a Psiquiatria nos apresenta diversos tipos de transtornos da personalidade, uns mais graves outros menos; desta feita iremos discorrer acerca de um que muita gente nem imagina tratar-se de doença, mas sim, apenas uma forma crônica de mal humor que possuem alguns indivíduos.
Com Certeza, a maioria de nós em algum momento da vida, já se deparou com alguém assim, ou teve o “desprazer” de trabalhar ou conviver com quem sofre de “mal humor crônico”.
No entanto não se trata apenas de “mal humor crônico, ou instabilidade emocional” como alguns querem crer, o nome disso é Distimia, é um transtorno psicológico e portanto uma doença que pode evoluir, inclusive, para uma depressão. Há que se respeitar.
Aqui no nordeste é difícil conhecer alguém que nunca tenha ouvido falar de “Seu Lunga” (o homem mais bruto e ignorante do mundo). Cearense, de Barbalha, falecido em novembro de 2014 aos 87 anos; conhecido, praticamente no Brasil todo, pela “tolerância zero” que tinha para “perguntas e diálogos bestas”, ou “ignorância alheia” como ele mesmo dizia. Personalidades assim, ou fazem parte da vida do indivíduo ou tem a ver com um fundo psicológico mais para o doentio.
A distimia corresponde a uma alteração crônica do humor, mas que não preenche os critérios necessários para ser considerada um quadro depressivo. Os pacientes com distimia apresentam uma alternância entre períodos de depressão e períodos em que se sentem relativamente bem. Na maioria do tempo, entretanto, sentem-se deprimidos, preocupados excessivamente e sobrecarregados; tudo é um esforço, e nada basicamente é desfrutado; apresentam pouca energia e pouca disposição, sentem-se cansados, com mau humor e irritados em graus variáveis; não obstante, são capazes de lidar com as exigências do dia a dia, como as responsabilidades domésticas e profissionais, mas sofrem uma queda na qualidade de vida.
Os estudos científicos demonstram que a distimia aumenta consideravelmente o risco de depressão. Uma pesquisa realizada por Akisal mostrou que 90% dos pacientes com distimia evoluem para um episódio de depressão maior. A maioria destes pacientes sequer sabe que está doente e que poderia ganhar qualidade de vida se estivesse em tratamento.

Entrevista realizada por Drázio Varela com um especialista no assunto

Drauzio – Além do comportamento explosivo, que outros sintomas caracterizam o quadro de distimia?
Taki Cordas – Na distimia, não é tanto o comportamento explosivo que chama a atenção. É a irritabilidade. No entanto, quando se avalia o paciente pela primeira vez, é difícil diferenciar distimia de depressão. Embora seja uma depressão mais leve, ela deixa o indivíduo predominantemente mais triste, desanimado, sem vontade de agir. Às vezes, dependendo do nível cultural, torna-se pedante, acha que nada está bom nem é original, não vê nada de novo sobre a face da Terra que mereça sua atenção. São pessoas que passam a maior parte do tempo irritadas, mal humoradas.
Diferentemente da depressão, cujos sintomas são evidentes – hoje estou bem, batendo papo de maneira natural e tranquila, mas amanhã você me encontra na cama, pensando em morrer, tomado por pensamentos negativos e não resta a menor sombra de dúvida de que estou deprimido.
A distimia não tem essa marca de ruptura. Desde a infância ou adolescência, os distímicos são considerados pela família (primeiro pelos pais e pelos irmãos e depois pelo cônjuge quando se casam) desagradáveis, pessoas de difícil relacionamento. No emprego, chegam irritados, de cara amarrada, e os colegas os definem como resmungões e pouco sociáveis.
Embora façam o trabalho corretamente, não são muito criativos, porque criatividade tem a ver com bom humor, com capacidade de abstrair e o mal humorado dificilmente está aberto para o novo, para o desconhecido.

DIAGNÓSTICO

Drauzio – A distimia está sempre relacionada com a depressão?
Táki Cordas – Pode-se dizer que a distimia é uma depressão crônica, de moderada intensidade. Para estabelecer o diagnóstico é preciso que pelo menos durante dois anos a pessoa esteja apresentando os sintomas. Se seguirmos a história dos distímicos, veremos que, de tempos em tempos, eles fazem episódios de depressão grave e depois voltam a um patamar considerado normal para eles, mas seu humor está sempre um piso abaixo do humor das pessoas que têm a capacidade de viver normalmente.

FAIXA DE IDADE

Drauzio – Em que idade costuma instalar-se esse tipo de transtorno?
Táki Cordás– Em geral, instala-se na infância ou na adolescência, mais comumente na adolescência, mas pode manifestar-se também no idoso. No entanto, nessa faixa de idade, a maioria dos pacientes diz – “No colegial eu tinha muitos amigos, era bem humorado, minha família me achava brincalhão. Depois, comecei a ficar introvertido, quietão, a não achar graça nas coisas, a me irritar com tudo”. Essas lembranças são prova de que o problema já tinha se manifestado bem antes, na adolescência.
Drauzio – Aqueles velhos ranzinzas e mal humorados, que reclamam de tudo, agem assim porque são portadores de distimia?
Táki Cordás – Os portadores de distimia são indivíduos casmurros, que estão sempre reclamando. É preciso, no entanto, olhar o caso com atenção (e isso é uma questão quase acadêmica) para diferenciar a distimia da depressão. O fundamental é não considerar esse tipo de comportamento como próprio da terceira idade. Idosos casmurros e irritados, mal humorados e queixosos, devem ser investigados para saber se esse estado de ânimo não é sinal de algum transtorno psiquiátrico.

PROCURA DE AJUDA

Drauzio – Imagino que seja difícil para essas pessoas procurarem o médico porque, de uma forma ou outra, foram assim durante a vida inteira. O que pode levá-las a procurar ajuda?
Táki Cordás – Quando a Organização Mundial de Saúde patrocinou um programa a respeito de distimia no qual trabalhei aqui no Brasil, houve divulgação do assunto na imprensa e algumas famílias nos procuraram porque identificaram os sintomas num de seus membros. Lembro de uma mulher que apresentou o esposo nos seguintes termos: “Olhe, os filhos e os amigos acham meu marido um chato. Eu mesma, que estou casada há trinta anos, tem horas que não aguento. Está sempre reclamando, nada para ele vale a pena. Muitas vezes, abusa do álcool para aliviar a tensão”.
Geralmente, as pessoas não procuram ajuda porque acham que são assim mesmo, que aquele é o seu jeito. Mas, quando começam a ser tratadas, ocorrem mudanças extraordinárias. Dois ou três meses de uso da medicação, voltam sorridentes para a consulta, sentindo-se mais leves e mais tranquilas.
Drauzio – A distimia é mais comum nos homens ou nas mulheres?
Táki Cordás – É mais comum nas mulheres, mas não tanto quanto a depressão clássica. Há três casos de depressão em mulher para um caso em homens. Na distimia, são duas, duas e meia mulheres com o transtorno para cada homem.

DISTIMIA E SUICÍDIO

Drauzio – A vida das pessoas distímicas pode transformar-se num verdadeiro inferno. Imagine passar o dia inteiro irritado e descontente com tudo. Qual é a relação entre distimia e suicídio?
Táki Cordás – A relação entre distimia e suicídio é estreita e perigosa. Por isso, o fato de provocar depressão menos intensa, porém mais prolongada, não significa que seja mais leve. Imagine qual é a sensação do indivíduo que vai somando só perdas ao longo da vida. Talvez isso explique por que 15%, 20% dos pacientes com distimia tentem suicídio.
Drauzio – Mas é um número muito alto!
Táki Cordás – Muito alto mesmo. A situação é mais grave ainda na infância e adolescência. Sabe-se que 90% das crianças e adolescentes que tentam ou cometem suicídio são portadoras de alguma doença psiquiátrica, em geral, esquizofrenia, depressão, distimia, dependência de drogas. Nos casos de distimia, tudo começa com a irritação e mal-estar que não conseguem controlar.
Antigamente, algumas pessoas acreditavam que adolescente não tinha depressão, porque o ego não estava completamente formado nem a personalidade. Hoje, está provado que crianças e adolescentes têm depressão, têm distimia. Às vezes, é difícil caracterizar o transtorno porque o paciente não relata todos os comemorativos. É preciso chegar ao problema por outros sintomas, como irritabilidade, baixo rendimento escolar, etc.

POSSÍVEIS CAUSAS

Drauzio – Existe alguma alteração cerebral, alguma modificação de neurotransmissores descrita para esse tipo de distúrbio?
Táki Cordás – Pacientes com distimia, quando submetidos à polissonografia (exame para avaliar o tempo e a qualidade do sono), apresentam o mesmo padrão de sono que os pacientes com depressão. Os dados obtidos revelam que a fase REM dos movimentos oculares e do sonho aparece antes dos 70 minutos.
Além disso, se analisarmos as famílias dos distímicos, encontraremos um número grande de pessoas com depressão (pai, primos, tios, etc.) o que indica a influência da carga genética. Alguns testes de estimulação hormonal mostram esse mesmo perfil depressivo. Felizmente, essas pessoas respondem muito bem ao tratamento com antidepressivos e, como por milagre, ficam boas.
Drauzio – A psicoterapia tem bom resultado quando realizada sem o tratamento medicamentoso?
Táki Cordás – Eu diria que, nos quadros orgânicos seja de distimia, depressão ou pânico, sem o tratamento medicamentoso, a psicoterapia é má prática. Não funciona para os casos crônicos. Na verdade, coloca o indivíduo em mobilização emocional, física e econômica inútil. Por quê? Porque todas as linhas psicoterápicas passam a mensagem de que cada um é responsável por sua vida, por escrever a sua história. Não adianta dizer que o outro é culpado pelo inferno que estamos vivendo. Somos responsáveis por nossas escolhas. No entanto, se a doença é biológica, ninguém consegue planejar o futuro, nem raciocinar, nem controlar o mau humor, nem ser responsável por sua história.
Na verdade, isoladamente, a psicoterapia acaba cobrando um desempenho, uma performance inatingível para esses pacientes que têm uma limitação orgânica que os impede de mudar. Por isso, eu me permitiria afirmar que determinados tipos de psicoterapia podem ser deletérios, prejudiciais sem o tratamento medicamentoso.
Drauzio – Por quanto tempo deve ser mantido o tratamento medicamentoso?
Táki Cordás – Cada vez mais, o psiquiatra pensa no tratamento das doenças psiquiátricas em geral e não só da distimia, pânico, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo como o clínico pensa no tratamento do diabetes e da hipertensão, ou seja, num tratamento para a vida toda. Claro que depois de um ano, um ano e meio, tentamos reduzir a medicação para ver como o indivíduo se mantém, mas o índice de recaída é altíssimo. Via de regra, grande parte dos pacientes tem recaída e não se pode permitir que ela se repita uma, duas, três vezes. Atualmente, os trabalhos mostram depressão – e estou colocando a distimia dentro das depressões – como doença degenerativa que compromete a capacidade intelectiva do indivíduo, o que justifica a manutenção ininterrupta do tratamento.(Publicado em 09/01/2012)
Autoria/Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: slideplayer. Com. Br

“O julgamento de Nuremberg”: filme espetacular para quem gosta de Direitos Humanos e Internacional




O julgamento de Nuremberg filme espetacular para quem gosta de Direitos Humanos e Internacional
Por juizakaren.com
Retrata a forma como se deu a criação do Tribunal  (TPI) e também o primeiro e mais famoso julgamento da história daquela Corte - o julgamento inaugural! 

Vinte e Quatro líderes nazistas no banco dos réus são julgados pelo recém criado Tribunal, no entanto a história diverge aqui e ali dizendo que foram 21, o filme conta como sendo vinte e um julgados.
São 169 minutos de muita emoção. Estudantes de Direito, Penalistas que “curtem” um bom juri e os apaixonados pelo Direito Internacional e Humanos não se arrependerão de passar quase 3 horas diante da TV vendo essa obra prima do cinema.
Dizem que há um outro mais antigo, mas esse com Alec Baldwin no papel principal (Promotor da Suprema Corte) está em cores, e é do ano 2000, tem excelente direção e o cenário é bem realista, vale a pena. Outros grandes artistas estão no elenco como, Brian Cox, Christopher Plummer, Jill Hennessy, Christopher Heyerdahl, Roger Dunn, e muitos mais com não, menos importância.
O Julgamento foi contestado por algumas defesas legalistas dizendo que o Tribunal não era apto a julgá-los pois foi criado“pós factun”. Inútil alegação já que o Tribunal foi considerado legal, julgou e condenou praticamente todos que ali estavam sentados. Somente três foram considerados inocentes. Como a população que foi perseguida durante a guerra reagiu com a liberdades deles é que não se sabe, todavia desconfia-se que a vida de muitos deles (dos 3 libertos e de muitos outros que, cumprindo órdens superiores matou e torturou muita gente), não deve ter sido fácil pós- guerra, aja vista que alguns desses sanguinários vieram parar aqui no Brasil após cumprirem a pena que lhes foi imposta.

A História da Criação do Tribunal de Nuremberg

Para quem deseja ver o filme, não se preocupem, não contarei a história da forma como está na película, muito menos o final, apesar de que, se você já sabe como tudo se passou, o filme será apenas um “floreio” – mas acreditem, vale a pena ver. Além de ter imagens durante o julgamento, que emociona até um “serial killer”, menos Adolf Hitler, esse nunca se emocionou com nada, a não ser quando sua jovem sobrinha, que ele, “supostamente bulinava”, suicidou!
Julgamento de Nuremberg julgou os crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial não é apenas uma dos eventos mais marcantes do século XX, mas o mais trágico da história da humanidade. Nunca uma guerra envolveu tantas pessoas no mundo e com tamanha capacidade militar. O conflito internacional foi travado na terra, nos mares e no ar, envolvendo o que havia de mais aprimorado da tecnologia militar e temperado com condutas criminosas que causaram a morte de milhões de inocentes. 

Nesse contexto, merece triste destaque o genocídio promovido pelos alemães nazistas contra os judeus. Desde que Adolf Hitler assumiu o comando da Alemanha, em 1933, investiu em um regime totalitário que mudaria a conduta de seu povo no restante da década e, aproveitando-se das dificuldades econômicas que espalhava mazelas por seu país, disseminando um comportamento racista que atingiria níveis extremos. O nazismo alemão criaria uma das maiores atrocidades da humanidade, os campos de concentração para extermínio de judeus, identificados como grande problema do mundo na visão de Hitler. Ao final da Segunda Guerra Mundial, mais de seis milhões de judeus foram mortos nesses locais, após sofrerem com trabalhos forçados, experiências médicas bizarras e com torturas variadas.
Embora a guerra seja um evento naturalmente composto pelo fator violência, existe um limiar, ou deveria haver, entre as condutas toleráveis e as que não são aceitas. A Segunda Guerra Mundial é um exemplo claro de rompimento de todos esses limites, exemplo de desrespeito à vida humana e exemplo das consequências de fanatismos racistas. Com a derrota alemã no conflito, foram reveladas ao mundo as atrocidades promovidas pelo exército alemão. Assim, logo após o fim da guerra, os nazistas foram levados a julgamento para responder pelos crimes cometidos contra a humanidade. No entanto, Adolf Hitler preferiu a morte do enfrentar as consequências da derrota, interrompendo sua própria vida.

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O Julgamento de Nuremberg foi estabelecido pelo Tribunal Militar Internacional na cidade alemã com o mesmo nome para julgar, inicialmente, os 24 principais criminosos da Segunda Guerra Mundial. Naturalmente, Adolf Hitler estaria entre eles, caso não houvesse cometido suicídio. Outros nomes emblemáticos do terror nazista, como Himmler e Goebbels, também já estavam mortos. Mas o julgamento começou no dia 20 de novembro de 1945 contando com importantes personagens da promoção do genocídio judeu, como o líder do Partido Nazista Hermann Göring. 

O tribunal ouviu mais de 240 depoimentos até o dia primeiro de outubro de 1946. O procedimento do julgamento foi todo previamente acordado entre as potências vencedoras da guerra, Estados Unidos, União Soviética, Grã Bretanha e França. O estatuto do tribunal foi assinado em Londres no mês de agosto de 1945, oferecendo oportunidade para a plena defesa dos acusados.
Foram decretadas 12 condenações à morte, três prisões perpétuas e 17 condenações até 20 anos de cadeia. Hermann Göring, por exemplo, foi condenado à morte por enforcamento, mas cometeu suicídio do mesmo modo que Hitler, ingerindo cianeto na véspera da execução. Já os três absolvidos foram Franz von PapenHans Fritzsche eHjalmar Schacht. O primeiro foi um opositor dos nazistas antes que estes chegassem ao poder, mas um grande aliado após sua ascensão. O segundo era ajudante de Goebbels no Ministério da Propaganda. E o terceiro foi um banqueiro alemão responsável pela recuperação econômica da Alemanha na década de 1930. Participou da formulação de um atentado a Hitler junto com a resistência alemã e foi enviado também aos campos de concentração, de onde só saiu com o fim da guerra.

*ANTI-MANUAL DE CRIMINOLOGIA
As sentenças do Julgamento de Nuremberg foram executadas no presídio da cidade, onde foi montado um cadafalso para execução das penas de morte. Dez das sentenças de morte foram executadas na manhã do dia 16 de outubro de 1946, já que os outros dois condenados cometeram suicídio.

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*VADEMECUM -  DOS REMÉDIOS JURÍDICOS
"Lo único que se necesita para que el mal triunfe es que los hombres buenos no hagan nada" (Edmund Burke 1729 - 1797)
Fonteshttp://www.infoescola.com/historia/julgamento-de-nuremberg/ by FERRO, Ana Luiza Almeida. O Tribunal de Nuremberg - Dos precedentes à confirmação de seus princípios. Mandamentos, 2002
Autoria/Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: juizakaren.com

Brasileiro é o que mais teme andar na rua à noite, aponta pesquisa; apesar disso ainda é um dos povos mais felizes

Brasileiro o que mais teme andar na rua noite aponta pesquisa apesar disso ainda um dos povos mais felizes
Por  paraibahoje.wordpress
(Artigo publidado há 6 meses no JusBrasil, por Elane SouzaÉ inacreditável a forma como o povo brasileiro vê a vida! Parece até que para ser feliz aqui só basta mesmo "PÃO e CIRCO"!
Um país, literalmente, desabando sobre nossas cabeças por causa de uma política corrupta, uma excessiva carga tributária e por fim e não por último (o pior) violência em demasia, uma das maiores do mundo (uma guerra diária) e o povo SIMPLESMENTE é FELIZ e SATISFEITO! Nem digitarei as palavras que acabo de pensar; partirei para uma frase mais simples:
"O povo aqui é"comprado"por muito pouco"!
Não sabem que o melhor da vida é ter segurança! Quando vivi em Lisboa tive o privilégio de sentir, de viver isso, apesar de Lisboa nem ser a Capital menos violenta do mundo, todavia é uma das menos violentas. O que se passa por lá, em termos de violência, INFELIZMENTE, se deve mais a imigração Brasileira, Africana e Romena (verdade seja dita).
Cheguei em março de 2007 a capital portuguesa e, por incrível que possa parecer, em seguida aconteceu algo que todos devem se recordar pois foi notícia no mundo todo. O desaparecimento e possível morte da Britanica Madeleine McCann (menina Maddie) na região litorânea do Algarve.
Fiquei por lá quase cinco anos e nunca mais pararam de falar no caso, inclusive a nível internacional, como se no mundo só existisse essa criança desaparecida. Como disse, nos 5 anos que morei em lisboa nada mais aconteceu. O nível de violencia no país é baixíssimo e as mulheres não precisam se preocupar se for preciso voltar para casa durante a madrugada a pé. Imagine fazer isso no Brasil. Com certeza nao iria durar muito. Mais cedo do que tarde seria assaltada, violentada e até morta.
A "galera" do crime ainda vai alegar em juízo que você estaria "dando bobeira" na rua e por isso "pediu" para ser estuprada e morta (a Criminologia moderna, por meio da Vitimologia, explica isso - parece até que os criminosos já leram sobre o assunto).
A vítima perfeita no Brasil é toda aquela que PRECISANDO circular na ruas durante a madrugada, sofre um assalto.
Por aqui as ruas são "tomadas" pela bandidagem e nós, "os honestos", "pagamos o pato" se nos atrevermos a circular por elas em certos horários e em certos locais.
É capaz até de sermos responsabilizadas pelo que de ruim nos passar em certos horários!
Isso é normal em países civilizados, onde realmente existe segurança?
NÃO, não é!  Uma das melhores coisas do mundo é sentir segurança. Já vivi isso e sei bem o que é não se preocupar por ter esquecido a porta sem "passar a chave"; sair e ter que voltar de madrugada sozinha e estar, "quase segura", que viverá para contar a história - não tem preço!
Ainda estou de férias na Europa, ao sentir novamente essa segurança que decidi escrever sobre o assunto.
Li também uma matéria sobre o assunto no R7 notícias onde a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo que reúne, majoritariamente, países ricos) analisou o medo das pessoas em sair às ruas a noite. Leia:
Em uma comparação entre moradores de 36 países, os brasileiros são os que se sentem menos seguros ao caminhar sozinhos à noite na cidade em que vivem, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira (13) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo que reúne, majoritariamente, países ricos).
Segundo o How’s Life? ("Como vai a vida?"), que compara dados dos 34 países integrantes da OCDE mais os de Brasil e Rússia, menos de 40% dos brasileiros dizem sentir-se seguros nessa situação, bem abaixo da média de quase 70% dos moradores dos países da organização.
Mesmo nos demais países latino-americanos pesquisados — México e Chile —, a sensação de segurança ao andar à noite é maior do que no Brasil.
Na Noruega, país com o percentual mais alto, mais de 80% dos habitantes se sentem seguros ao andar sozinhos à noite na área em que moram.
O documento reúne indicadores de bem-estar relacionados a aspectos como renda familiar, condições de moradia, saúde, educação, empregos, segurança, satisfação de vida e engajamento cívico, entre outros.
"O risco de crime e violência e as percepções das pessoas sobre sua própria segurança têm impactos mais amplos sobre o bem-estar, tanto por meio de maior ansiedade e preocupação quanto ao restringir os comportamentos das pessoas", afirma a OCDE.

Violência

Na comparação entre os países analisados, o Brasil tem a mais alta incidência de mortes por agressão.
De acordo com os dados do relatório, a taxa de homicídios no Brasil, de 25,5 por 100 mil habitantes, é cerca de seis vezes superior à média da OCDE, de 4 por 100 mil habitantes.
Quando consideradas somente as vítimas do sexo masculino, a taxa no Brasil é de 48,1, bem acima dos 4,4 registrados entre mulheres.
"Mulheres no México, Rússia e Brasil enfrentam risco muito maior do que mulheres em outros países (incluídos no relatório), mas seus riscos ainda são mais baixos do que os enfrentados por homens nos mesmos países", diz o documento.
"No entanto, apesar de homens enfrentarem maior risco de ser vítimas de agressão e crimes violentos, as mulheres relatam menor sensação de segurança do que os homens", aponta a OCDE.
"Isso tem sido explicado por maior medo de ataques sexuais, pelo sentimento de que também precisam proteger seus filhos e pela preocupação de que possam ser vistas como parcialmente responsáveis".
Apesar das preocupações com segurança, os brasileiros aparecem acima da média da OCDE quando se mede a avaliação das pessoas sobre suas vidas como um todo.
Ao medir sua satisfação geral com a vida em uma escala que vai de 0 a 10, de "pior possível" para "melhor possível", os brasileiros deram "nota" 7, acima da média de 6,6 dos países da OCDE.
Taí o porquê da afirmação que fiz no início do texto: com problemas em excesso o brasileiro ainda é um dos povos mais felizes e satisfeitos com a vida - Quer povo mais dominado pelo "Pão e Circo" que esse?
Autoria/Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: paraibahoje. Wordpress

“Escravos do mundo virtual”

Os smartphones estão acabando com o diálogo presencial.  A conversa cara a cara, onde as pessoas olhavam nos olhos umas das outras ao falarem praticamente não existe mais, especialmente em se tratando dos jovens; todavia, eles não deixaram de se comunicar, fazem isso várias vezes durante o dia, principalmente quando estão distantes uns dos outros.  Quando voltam a estar juntos o olhar e os ouvidos são para o aparelho celular, os participantes da conversa passam, novamente, a ser os que estão virtuais.


Nos últimos tempos a imprensa tem divulgado os novos hábitos de muita gente famosa e até de empresários que decidiram “voltar no tempo”; adquirindo aparelhos “retrô” para deixar de ser “escravos” do mundo virtual.  Segundo eles o tempo que passam diante de um computador, online, durante o expediente, já é o bastante.  Querem voltar a ter controle da própria vida – estar sempre “logado”, pendente das mensagens de redes sociais e noticiários é demasiado extressante, além disso provoca ansiedade e causa angústia.


Um exemplo disso que acabamos de relatar é o bloqueio do WhatsApp por 72 horas, realizado por um Juiz brasileiro. O desespero toma conta do povo – são tantas as reclamações que, imediatamente, a empresa tenta reverter, por meio de recurso, o referido bloqueio.

Felizmente, para as empresas de telefonia, que a maioria da população já NÃO se vê sem um celular com conexão 3G ou 4G, no entanto, é exatamente na conexão que as operadoras deixam à desejar  pois, ainda hoje, existem cidades que nem a 3G é acessível.  Seguramente se a moda dos aparelhos antigões “pegasse” e eles vissem o faturamento cair agiriam para manter o interesse no consumo, baixando o preço dos pacotes com internet e até presenteando os clientes  fiéis com aparelhos ainda mais modernos.  Quem resistiria em seguir “viciado” nessa tecnologia se isso viesse a passar?

Por Elane F. Souza ADV e Autora deste Blog


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