29 de novembro de 2015

INVEJA: sentimento asqueroso difícil de ser reconhecido!

Antes de iniciarmos o assunto quero fazer uma pergunta a quem estiver começado a ler o texto que virá a seguir.

Alguém aqui  tem inveja de Gisele Bundchen, da Angelina Jolie, Anita ou, no caso dos homens, alguém tem inveja do Neymar, do Ronaldo R7, do Messi ou de outra personalidade qualquer, famosa e rica?  

Acredito que não, pois a maioria de vocês não tem contato direto com eles, o máximo que podem ter é admiração e/ou ser fãs!  

Posso até estar enganada, todavia credito que não!

A teoria que tenho para explicar tal fato é a seguinte:  as pessoas só têm inveja do que, ou quem, lhes é próximo.

Do que, ou quem está distante é praticamente impossível ter esse sentimento asqueroso.  Geralmente o “próximo” é que causa desejo, angústia, tristeza e frustração pois todos esses sentimentos começam com a comparação! Veja só um exemplo:  

Ex.: duas colegas, amigas íntimas de faculdade, colam grau em Direito e, em seguida, aprovam no exame da Ordem. Uma delas logo começa a trabalhar em um grande escritório, com uma imensa carteira de clientes à disposição, mesmo não sendo, das duas, a que obteve melhores resultados na Faculdade e no Exame da Ordem (mas tinha mais influência e era mais bonita). O sucesso de uma é "motivo" para a outra se lamentar com familiares e amigos: "se o mundo fosse justo eu quem deveria estar alí"!

Infelizmente é assim; a inveja vem pelo que está mais “à mão”!  Um colega ou amigo que passou num concurso dificílimo e você não; ou que adquiriu um belo e novo carro e você não pode ter igual; ou pelo fato de ele ser mais bonito, atraente e simpático que você e com isso conseguir tudo e todas as garotas que deseja, inclusive a que você gostaria de estar e indo além: alguém que você conhece bem, é “amigo (a)”, ganhou na loteria, o prêmio da virada, e sumiu do mapa!

- “Ahh, que pena que não fui eu”! Pensa você, pensamos nós!  

-  “Esse aí nunca mais aparece; não vai nos dar um tostão, não nos ajudará em nada, nem lembrará que existimos”!   Como se ele tivesse obrigação de contribuir ou cambiar a vida de todos os que estão próximos, com o prêmio! Nesse momento começam a criticá-lo, com uma certa raiva e desejo de estar no lugar dele (do sortudo); antes criticado e motivo de chacota por "jogar dinheiro fora" via lotérica!

Não há como fugir! A inveja sempre estará próxima de nós, seja como for - como invejado ou invejoso!

Quem nunca percebeu que ao contar algo bom que aconteceu consigo, para um colega ou “amigo”, a feição dele tenha mudado, mesmo que seja de leve, mesmo que ele diga que tenha ficado feliz por ti?

Isso é inveja, mesmo que seja passageira, ela vem!  Mesmo que você não queira, muitas das vezes ela vem!  O bom é que, se a amizade for verdadeira, ela passará e você nem notará que foi vítima.   Todavia, quando o invejoso é um “meliante” por natureza a inveja poderá ser fatal, quando não, pelo menos algum estrago causará!

A inveja é algo tão ruim  que o invejoso é capaz de ser mais feliz se algo de bom se passar com alguém que ele não conhece do que com um parente ou "melhor amigo". 

Muitos devem estar pensando ou refletindo que tenho razão, mas dificilmente seriam capazes de se reconhecer invejosos! 

Não deve ser fácil ter a amizade de alguém e de um momento para o outro ver essa pessoa realizar o sonho da vida dela e da maioria dos seres humanos (tornar-se famoso por algo que fez, por ter um talento revelado e ainda enriquecer-se com isso) e você seguir no seu marasmo!  

Certeza que muitos preferiam ver o sucesso acontecer com um desconhecido, com alguém que esteja bem distante do rol dos amigos!

Parece cruel dizer isso não é?  Parece coisa de "amigo da onça", não é verdade?  

Infelizmente não!  A inveja é só algo inerente ao ser humano e, por mais que não queiramos reconhecer, alguma "coisinha" em nós, sempre vai haver!

Aquilo de:  “amiga, que alegria – sou tão feliz por ti”; a maioria das vezes soa muito falso!

Redigindo esse texto fui procurar na internet uma figura que se encaixasse e acabei por encontrar uma pesquisa bem legal.  Ela foi publicada pela Istoé Independente, atualizada em novembro de 2015.  Achei tão importante  que resolvi agregar parte dela aqui, Vejam só:

Pesquisa revela que esse sentimento é processado na mesma região cerebral que a dor física.  Saiba como controlá-lo.

Certa vez, um homem, extremamente invejoso de seu vizinho, recebeu a visita de uma fada, que lhe ofereceu a chance de realizar um desejo. "Você pode pedir o que quiser, desde que seu vizinho receba o mesmo e em dobro", sentenciou. O invejoso respondeu, então, que queria que ela lhe arrancasse um olho. Moral da história: o prazer de ver o outro se prejudicar prevaleceu sobre qualquer vontade. É por meio dessa fábula que a psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) definiu na obra "Inveja e Gratidão", um dos principais estudos já feitos sobre o tema, o comportamento de quem vive intensamente esse sentimento.
Invejosos e invejados famosos
Ao mesmo tempo que o ciúme é querer manter o que se tem e a cobiça é desejar aquilo que não lhe pertence, a inveja é não querer que o outro tenha. O mais renegado dos sete pecados capitais é uma emoção inerente à condição humana, por mais difícil que seja confessá-la. Afinal, todo mundo, em algum momento da vida, já sentiu vontade de ser como alguém. 

Há até um lugar no cérebro reservado para a inveja. Pela primeira vez, uma pesquisa científica mostra onde ela e o shadenfreude - palavra alemã que dá nome ao sentimento de prazer que o invejoso experimenta ao presenciar o infortúnio do invejado - são processados na mente humana.

De autoria do neurocientista japonês Hidehiko Takahashi, do Instituto Nacional de Ciência Radiológica, em Tóquio, o estudo "Quando a sua Conquista É a minha Dor e a sua Dor É a minha Conquista: Correlações Neurais da Inveja e do Shadenfreude foi publicado recentemente pela prestigiada revista cientifica americana Science. 

Por meio de ressonância magnética realizada em 19 voluntários (dez homens e nove mulheres), na faixa etária dos 20 anos, foi possível identificar onde os sentimentos são processados no cérebro. Ao sentir inveja, a região do córtex singulado anterior é ativada.
O interessante é notar que é nesse mesmo local que a dor física se processa. "A inveja é uma emoção dolorosa", afirma Takahashi. O shadenfreude, por sua vez, se estabelece no estriado ventral, exatamente onde se processa a sensação de prazer. "O invejoso fica realizado com a desgraça do invejado", diz o pesquisador. 

Durante a pesquisa, Takahashi induziu os voluntários a imaginarem um cenário que envolvia outros três personagens, do mesmo sexo, faixa etária e profissão que eles. Dois deles seriam, hipoteticamente, mais capazes e inteligentes.
Dessa comparação nasce a inveja, especialmente quando as pessoas são muito parecidas. Ou seja, é mais comum uma mulher se incomodar com outra, da mesma faixa etária e profissão, do que com alguém com características totalmente diferentes. "Trata-se de um sentimento caracterizado pela sensação de inferioridade", explica o neurocientista Takahashi. "Quando há essa sensação, é porque houve comparação e a pessoa perdeu."
O ator Roberto Birindelli perdeu muitas batalhas, mas parece ter vencido a guerra. Ao longo de seus 46 anos, a inveja sempre o perseguiu. Na escola, nutria o sentimento pelos colegas de classe que conquistavam as garotas com facilidade. Na vida adulta, sofria quando um colega ator conseguia um teste para o melhor papel de uma produção.
O sentimento o corroía tanto que ele chegou a invejar o modo como uma determinada jaqueta de couro caía bem em um conhecido. "O que me deixava mal era saber que a roupa não ficaria tão boa em mim", confessa Birindelli. "A minha inveja se repetia em tantos palcos quanto houvesse situações de comparação." Insatisfeito em se projetar o tempo todo nos outros, o ator foi em busca de auto-conhecimento.
Descobriu o eneagrama (técnica para estudo do comportamento humano), fez terapia e mergulhou na meditação. "Percebi que o problema era comigo", reconhece. "Sou inseguro em relação à maneira como a sociedade me vê." Amparado, aprendeu a lidar com a questão. "Hoje em dia, sempre que vou sentir inveja de alguém, me pergunto: ser como ele é melhor do que ser quem sou?", explica Birindelli, que está no ar na novela "Poder Paralelo", da Record. 

Além da insegurança, a baixa autoestima, o sentimento de incapacidade e a sensação de injustiça são características comuns aos invejosos.  "Pessoas bem resolvidas e esclarecidas tendem a ter menos inveja", diz o psiquiatra José Thomé, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Mas por que há pessoas muito invejosas e outras que passam a vida quase sem sentir essa emoção? A psicóloga Sueli Damergian, professora da Universidade de São Paulo (USP), acredita que o segredo está em não ultrapassar a linha da afeição. "A inveja é sempre fruto da admiração", diz. "Se ela ficar restrita a isso, pode funcionar como impulso para o desenvolvimento." O problema é quando essa barreira é rompida. "Se o impulso destrutivo for muito forte, o invejoso passa a viver a vida do outro e isso pode ser danoso tanto para ele quanto para o invejado."
Em casos patológicos, que, segundo especialistas, são mais comuns do que se imagina, quem sofre do mal é capaz de caluniar, perseguir, e, em casos mais extremos, desejar a morte do invejado. Há, também, os que somatizam. Nessas situações, podem apresentar quadro depressivo, autodestrutivo, agressividade e tendências suicidas. O psiquiatra Thomé acredita que, salvo os casos patológicos, as pessoas têm livre-arbítrio para viver ou eliminar a inveja. "É um sentimento muito primitivo, que deve ser trabalhado."

Veja AQUI exemplo de 10 Crimes cometidos  (motivados) possivelmente pela inveja.

Veja aqui, também, o que diz Leandro Carnal sobre inveja e fracasso!

Comum em toda a sorte de relações humanas, a inveja está presente até mesmo dentro de casa. As irmãs Júlia e Lídia Loyola, 25 e 23 anos, respectivamente, e suas meias-irmãs Fernanda e Gabriela Fernandes, 17 e 13, moram juntas e compartilham da incômoda emoção. Filhas da mesma mãe e de pais diferentes, estão sempre se comparando e lamentando aquilo que não são.
As mais velhas invejam a vida cheia de oportunidades das mais novas. "Aos 15 anos, quando precisava de dinheiro, trabalhava", diz Júlia. "A Fê não precisa disso." Fernanda reconhece. "Não fico tripudiando, mas reconheço que me sinto recompensada por ter vantagens em relação às minhas irmãs mais velhas, apesar de elas estudarem tanto", diz. "Ao mesmo tempo, queria ser como elas: tirar boas notas e não ficar de castigo."

O ambiente de trabalho, por sua vez, também é terreno fértil para os invejosos. Uma pesquisa das universidades de Warwick e Oxford, na Inglaterra, mostra que nem sempre se inveja a maneira de ser do rival, mas suas posses. No experimento, os entrevistados poderiam ganhar ou "queimar" o dinheiro do concorrente, sob o custo de perder parte de sua verba - 62% dos participantes escolheram se voltar contra o outro. Segundo a psicóloga Glaura Maria Verdiani, autora da tese de mestrado "Um Estudo sobre a Inveja no Ambiente Organizacional", pelo Centro Universitário de Araraquara (SP), é provável que esse sentimento esteja impregnado em 100% das relações profissionais.
"Em uma equipe de 30 pessoas, é possível que todos invejem alguém, em algum nível", revela. A emoção pode ter origem em qualquer um e partir para diferentes direções. Acontece entre pessoas do mesmo cargo, funcionários de funções inferiores e superiores. "Há chefes invejosos de seus subordinados, que são mais jovens, mais dispostos e, muitas vezes, mais talentosos", diz Sueli.
Aos 28 anos, a designer Claudia Neves foi vítima da inveja em seu local de trabalho. Até seis meses atrás, ela era a única funcionária entre vários homens do departamento em que trabalhava, numa agência de publicidade em São Paulo. Sua vida profissional virou de pernas para o ar com a chegada de outra garota, da mesma idade, que passou a dar expediente numa função com remuneração menor. No início, as duas se davam bem - ao menos aparentemente. Até que a nova colega passou a evitá-la e agir de maneira estranha.
"Ela não fazia o tipo feminina e, de repente, começou a me pedir dicas de maquiagem", conta Claudia. Além disso, mais gordinha, passou a se preocupar com a quantidade de calorias que ingeria. "Essa neurose começou depois que os meninos compararam o corpo dela com o meu", diz. Com o tempo, o melhor amigo de Claudia se afastou. E seu supervisor passou a implicar com seu trabalho.
A designer desconfia que foi vítima de calúnias. "Certa vez, meu chefe foi grosseiro comigo", conta. "Nessa hora, pude ver no rosto dela que estava rindo por dentro." Triste com a situação, Claudia pediu para ser demitida. "O ex-marido dela me disse que ela tinha ódio mortal de mim e queria me destruir", conta. Apesar da atitude drástica que teve de tomar, ela não acredita que a colega tenha saído vitoriosa. "Ela conseguiu me eliminar, mas estou muito feliz fora de lá", afirma.
Em novembro passado, nos Estados Unidos, o ex-âncora de telejornal Larry Mendte, 51 anos, além de demitido, foi condenado a pagar uma multa de US$ 5 mil (R$ 10,1 mil) e a prestar 250 horas de serviços comunitários por violar o e-mail de sua colega de bancada, Alycia Lane, 36 anos. Por dois anos, Mendte enviou mensagens se fazendo passar por ela para veículos de imprensa e colegas de trabalho. Durante o caso, admitiu ter inveja por causa do salário anual de US$ 780 mil (R$ 1,6 milhão) de Alycia. "O meu papel na emissora estava sendo reduzido quando ela me falou que era a nova estrela", disse, à época.
Assim como os demais sentimentos, a inveja vem de berço. Segundo Melanie Klein, até mesmo os bebês nutrem esse sentimento. Eles invejam o seio materno, capaz de alimentá-los e confortá-los. A emoção, no entanto, começa a se tornar mais visível na primeira infância e se manifesta na forma de cobiça. Pedro, 5 anos, e Isabela, 4, são primos e estudam juntos. "Eles disputam tudo: a atenção da família, dos professores, dos colegas", diz a educadora Caroline de Oliveira, 32 anos, mãe de Pedro. "Isabela é mais de cobiçar os brinquedos do primo, e ele, por sua vez, disputa a atenção das pessoas quando ela se destaca." Para lidar com a atenção, a mãe explica para o filho que não é possível ter tudo o tempo todo. "Tento prepará- lo para lidar com essa sensação, que estará sempre presente."
A psicóloga Sueli, da USP, assina em baixo. "É importante eliminar os sentimentos de inferioridade e baixa autoestima e mostrar o outro lado", explica. "Se a pessoa não é boa em algo, certamente será em outra coisa." Afinal de contas, a melhor maneira de domar o sentimento da inveja é, assim como fez o ator Birindelli, identificá-lo e aprender a lidar com ele. Graças a seu esforço, ele hoje circula satisfeito com a jaqueta de couro que tanto invejou no outro e, finalmente, comprou.
Autoria:  Elane F. de Souza (Advogada – CE) com fontes da:
Istoé Independente, istoe.com.br  por Claudia Jordão e Carina Rabelo com Colaboração de Rodrigo Cardoso  na  Edição:  2064 |  03.Jun.09 - 10:00 |  Atualizado em 28.Nov.15 - 22:38.


Foto/Créditos: Istoé Independente, está anexo ao texto que foi usado como fonte




23 de novembro de 2015

Guerra santa: ontem as cruzadas e a caça às bruxas, hoje o terrorismo e a intolerância contra os infiéis. Até quando a fé cega vai matar inocentes?

Infiel:  todo aquele que não crê em determinado segmento religioso.  O evangélico é um infiel à crença baseada no islamismo, do profeta Maomé;  já o ateísta  é um infiel a todas elas!

Ao longo da história, no decorrer dos séculos , a religião cristã matou mais que a maioria das atuais guerras.  As cruzadas são exemplos de como a igreja católica matou para ter domínio da Terra Santa e a Caça às Bruxas a sua prova da falta de tolerância  ao considerado “diferente”

A pessoa que hoje pratica “cura” pela natureza, sem grandes especialidades médicas, apenas com a sabedoria diária e a gosto pela ajuda ao próximo, fazendo “poções”, antes era considerado praticante de bruxaria, digno de ser torturado ou levado  à fogueira.  Assim morreram muitos (mais mulheres) nas mãos dos caçadores de bruxas.

O mais famoso e cruel caçador de bruxas foi  Heinrich Kramer, autor da obra (na verdade um Manual de caça e extermínio às bruxas do século XVI).  Ele nasceu em Schlettstadt, cidade da baixa Alsacia, ao sudeste de Estraburgo. Com pouca idade ingressou na Ordem de Santo Domingo e logo foi nomeado Prior da Casa Dominicana de sua cidade natal. Foi pregador geral e mestre de teologia sagrada. Antes de 1474 foi designado Inquisidor para o Tirol, Salzburgo, Bohemia e Moravia.
O manual redigido por ele com regras e formas de como descobrir se alguém era ou não bruxa foi nomeado de "Malleus Maleficarum" (O Martelo das Bruxas) foi publicado por Kramer pela primeira vez no final do século XV (1487) – escrito em 1486, atingiu, ao longo dos anos seguintes, mais de 30 mil exemplares impressos que se espalharam pela Europa, ajudando a levar cerca de 60 mil pessoas à morte entre os séculos XVI e XVII (a maioria mulheres).

E as cruzadas, o que dizer acerca delas?

As Cruzadas foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob domínio cristão.

De início não tinham esse nome, eram chamadas de peregrinações ou guerra santa.  Só mais tarde “apelidaram” de Cruzadas, pois se diziam seguidores de Cristo e suas vestes e escudos tinham cruzes pintadas.

Desde sempre esse “movimento” de “guerra” foi motivado pelo domínio que os cristãos queriam ter sobre a terra santa (Jerusalém) que também era lugar sagrado pela nova concepção religiosa, também monoteísa,  recém criada pelo Profeta Maomé. 

No Século XI o Islamismo já havia crescido, se tornado suficientemente grande para clamar por seus lugares sagrados – foi aí que o embate sangrento, de cunho religioso, envolvendo as duas religiões monoteístas se agravou.

A Primeira Cruzada oficial foi convocada pelo Papa Urbano II, que reuniu a nobreza europeia em 1095 para combater os infiéis que ocupavam a Terra Santa. No ano seguinte, os cruzados partiram para Jerusalém e tiveram sucesso, conquistando a Terra Santa, o principado de Antioquia e os condados de Trípoli e Edessa.

Algumas décadas depois, os muçulmanos conseguiram reconquistar a cidade de Edessa, o que motivou uma nova expedição, a segunda Cruzada, entre os anos 1147 e 1149.  No entanto, não causou a mesma comoção da primeira e resultou em uma grave derrota, o que deixou profundo ressentimento no Ocidente. Mais décadas se passaram e, em 1187, o sultão Saladino obteve uma vitória esmagadora sobre os cristãos em Jerusalém, reconquistando a cidade para os muçulmanos. Em resposta, o Papa Gregório VIII convocou uma nova Cruzada, que ficou famosa pela participação de três importantes reis da Europa: Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano Germânico; e Felipe Augusto, da França. A Terceira Cruzada, que ocorreu entre os anos 1189 e 1192, mais uma vez, não resultou em vitória para os cristãos, mas o rei Ricardo Coração de Leão conseguiu assinar um acordo de paz com Saladino permitindo a peregrinação dos cristãos com segurança até Jerusalém.

No início do século seguinte, nova Cruzada foi convocada para atacar Constantinopla.  A expedição ocorrida entre 1202 e 1204 tinha fins políticos que não receberam a aprovação do Papa Inocêncio III. A Quarta Cruzada deixou notáveis consequências política e religiosas porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina. Poucos anos depois, em 1208, o mesmo papa convocou uma Cruzada contra os cátaros no Lanquedoc. O catarismo, doutrina que acreditava no dualismo, ou seja, na existência de um Deus bom e outro mal, era considerado uma heresia e seu crescimento incomodava muito a Igreja Católica. Séculos mais tarde, seus seguidores seriam perseguidos também pela Inquisição.

Um dos eventos mais curiosos envolvendo as Cruzadas certamente foi o de 1212. Na ocasião, crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder divino para reconquistar Jerusalém partiram em direção aos portos para embarcarem rumo à Palestina. A expedição que ficou conhecida como Cruzada das Crianças vitimou vários dos jovens ainda durante a viagem e os sobreviventes foram vendidos como escravos aos muçulmanos quando atracaram no porto de Alexandria. Calcula-se que 50 mil crianças tenham sido colocadas nos barcos da mais desastrosa das expedições cristãs.

Nova Cruzada oficial ocorreria entre os anos 1217 e 1221. Porém o fracasso não seria novidade. A quinta expedição não conseguiu nem mesmo superar as enchentes do Rio Nilo e acabou desistindo de seus objetivos de tomar uma fortaleza muçulmana no Egito. Poucos anos depois, a Sexta Cruzada, ocorrida entre 1228 e 1229, finalmente alcançou sucesso através da liderança de Frederico II. Este conseguiu obter a posse de Jerusalém, de Belém e de Nazaré para os cristãos por dez anos. No entanto, em 1244 os cristãos perderam o domínio dessas localidades novamente para os muçulmanos.

Entre 1248 e 1254, a  Sétima Cruzada foi liderada pelo rei francês  Luís IX que desembarcou para combate no Egito e recebeu a oferta de posse de Jerusalém, a qual recusou. Na continuidade dos conflitos, o rei foi aprisionado e seu resgate custou 500 mil moedas de ouro. Mas foi o mesmo rei que comandou a Oitava Cruzada em 1270. Só que ele faleceu devido à peste logo após desembarcar em Túnis, o que encerrou mais uma expedição. Uma Nona Cruzada ainda é descrita por alguns, embora muitos argumentem que tenha sido parte integrante da Oitava Cruzada. Após a morte do rei Luís IX, o príncipe Eduardo da Inglaterra teria comandado seus seguidores até o Acre (cidade em Israel) para combater os adversários nos dois anos seguintes. Mas, preparando-se para atacar Jerusalém, recebeu a notícia do falecimento de seu pai e decidiu retornar à Inglaterra para herdar seu trono de direito, encerrando a expedição e o turbulento século XIII.

As Cruzadas foram um fracasso em seu objetivo de conquistar a Terra Santa para os cristãos. Custaram muito caro para a nobreza europeia e resultaram em milhares de mortes. Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos, mas as movimentações ocorridas no trajeto para a Terra Santa expandiram os relacionamentos com o mundo conhecido na época.

Se no passado de há séculos o Islamismo foi considerado um intruso, roubando espaço dos cristãos  na Terra Santa hoje é ele, por meio de seus extremistas que querem dominar, não só a Terra Santa, mas também o mundo.



Ontem ao ver uma reportagem tive essa sensação.  Foram entrevistados dois extremistas, que já tinham sido presos, mas hoje estão soltos com fiaça aceita pelo  país  Europeu onde vivem.  Eles afirmavam que não iriam descansar enquanto não vissem todas as mulheres do muindo vestidas adequadamente (totalmente tapadas – como são as fiéis que seguem o Islã).  Chegou a afirmar que a Jornalista deveria estar  tapada; isso porque ele estava sendo entrevistado dentro de território  Europeu.  Imagine dentro de seu próprio território o que seriam capazes de fazer com ela para terem suas vontades  satisfeitas.

Foi filmado também um outro “grupo” de fanáticos que tentava converter pessoas  nas ruas de de uma cidade européia.  Ao se depararem com uma mulher ocidental, de saia curta na rua eles a humilharam e falaram que ela deveria estar toda tapada.  A moça retrucou dizendo que ela estava em seus país e vestia como bem entendesse.   Esse mesmo grupo não foi tão tolerante com um jovem gay que passava.  Apesar de estar num país que não é de maioria Mulçumana ele foi perseguido e chingado na rua como se tivesse obrigação de ser igual a eles.

Com esse pequeno discurso dá para ver um mundo dominado por radicais Islâmicos.  Se nos dias de hoje ainda há uma maioria praticante da religião que prega a não violência, num futuro com essa nova ordem mundial  dos Jihadistas  não dá para saber aonde se vai parar.
Estimativas dão conta de que o grupo e seus aliados  (“Estado Islâmico do Iraque e do Levante" - ISIS, na sigla em inglês) têm sob seu controle ao menos 40 mil km² no Iraque e na Síria, quase o equivalente ao território da Bélgica. Mas outros analistas afirmam que são cerca de 90 mil km², o mesmo que toda a Jordânia.
Esse território inclui as cidades de Mosul, Tikrit, Faluja e Tal Afar no Iraque, e Raqqa na Síria, além de reservas de petróleo, represas, estradas e fronteiras.  São os poços de petróleo no Iraque, que foi dominado por eles, pela posse dos bancos na Síria, pela venda de escravas sexuais e por alguns ricos simpatizantes da causa na Arábia Saldita que sustentam essa guerra.
Ao menos 8 milhões de pessoas vivem em áreas controladas total ou parcialmente pelo 'EI', que faz uma interpretação radical da sharia, forçando mulheres a usar véu, realizando conversões forçadas e exigindo lealdade, obrigando o pagamento de um imposto e impondo castigos severos, que incluem execuções e mortes.  Além disso, escravizam mulheres  (meninas em especial – de fé distinta, que não se convertem), abusam delas de toda forma sexual possível ou as vendem, quando ainda virgens.
Esses extremistas/terroristas atacam, além de território Mulçumano também o Europeu e Americano.  O que eles  pretendem é dominar o mundo, começando por quem mais se opõe a suas investidas de dominação, seu regime brutal e as suas incessantes guerras em busca de mais riquesas e mais fiéis seguidores. No último caso quem mais sofre são os infiéis, as mulheres e os gays.
Se antes os Cristãos travaram “guerra santa” contra os praticantes do islamismo pela “Terra Santa”(Jerusalém), hoje  é o “EI”  (praticantes do Islamismo – todavia, radicais) que querem dominar, não apenas a terra santa, mas também o mundo! 

Tudo isso em nome de deus; só a denominação é distinta (ALÁ)!



Diz o artigo 5º, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual somos signatários.

Infelizmente não é bem assim como prega a nossa Constituição e as Nações Unidas.    

Às vésperas do início deste século XXI, em agosto do ano 2000, atendendo ao chamado da Organização das Nações Unidas (ONU), centenas de representantes das diferentes religiões do planeta entenderam que a chegada do novo milênio era uma boa oportunidade, mais uma, para nos amarmos como irmãos e irmãs. E de darmos as mãos pela Paz na Terra.


Reunidos em Nova York, no Encontro de Cúpula Mundial de Líderes Religiosos e Espirituais pela Paz Mundial, lideranças evangélicas, católicas, budistas, judaicas, islâmicas, espíritas, hinduistas, taoístas, esotéricas e de tantas religiões antigas e modernas firmaram um compromisso.  O Compromisso com a Paz Global.
O documento começa com uma série de considerações, sobre as quais vale a pena refletirmos:
· as religiões têm contribuído para a Paz no mundo, mas também têm sido usadas para criar divisão e alimentar hostilidades;
· o nosso mundo está assolado pela violência, guerra e destruição, por vezes perpetradas em nome da religião;
· não haverá Paz verdadeira até que todos os grupos e comunidades reconheçam a diversidade de culturas e religiões da família humana, dentro de um espírito de respeito mútuo e compreensão.
A partir dessas considerações, os líderes religiosos e espirituais do mundo inteiro se comprometeram, entre outras medidas, a:
· condenar toda violência cometida em nome da religião, buscando remover as raízes da violência;
· apelar a todas as comunidades religiosas e aos grupos étnicos e nacionais a respeitarem o direito à liberdade religiosa, procurando a reconciliação, e a se engajarem no perdão e no auxílio mútuos;
· despertar em todos os indivíduos e comunidades o senso de responsabilidade, compartilhada entre todos, pelo bem-estar da família humana como um todo, e o reconhecimento de que todos os seres humanos – independentemente de religião, raça, sexo e origem étnica – têm o direito à educação, à saúde e à oportunidade de obter uma subsistência segura e sustentável.



Fontes:  infoescola , mestreirineuorg   e  BBCorg

Autoria:  Elane F. de Souza (Advogada CE)

Foto/Créditos: Brasil247.com  e  extra.globo

13 de novembro de 2015

Crianca é discriminada por Professora porque mãe é Atéia

10 de novembro de 2015

O Estado fracassa quando entra a religião!

O século 20 viu crescer uma devoção militante nas principais religiões, chamada popularmente de fundamentalismo. "Alguns fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos numa mesquita ou matar médicos que fazem aborto. A maioria não é violenta, mas rejeita conquistas da modernidade, como a democracia, o pluralismo, a tolerância religiosa e a separação entre religião e Estado", diz a pesquisadora inglesa Karen Armstrong, autora do livro Em Nome de Deus.
Esse é um parágrafo do texto da Super Interessante, publicado em março de 2009, na 263ª Edição – que resume o “fracasso do Estado” (taí Hitler que não nos deixa mentir).
Um dos fatores que mais põem fim à Democracia ou a Liberdade de expressão é o ingresso da Religião no Estado, por outro lado a tentativa de sua retirada é dolorosa, massacrante e até mortal. Portanto, o melhor é mantê-la em seu devido lugar – longe da política!
Veja a publicação que foi citada acima, na íntegra (por Eduardo Szklarz via Super Interessante)
As 3 grandes religiões monoteístas - cristianismo, judaísmo e islamismo - pregam a paz, a tolerância, a compaixão e o amor ao próximo. Mesmo assim, elas deixaram suas marcas em guerras e banhos de sangue ao longo da história. Para alguns pesquisadores, uma explicação estaria na própria lógica do monoteísmo: se apenas o "meu" Deus é verdadeiro, os "outros" certamente são falsos - e seus seguidores, infiéis. "As religiões são diferentes, mas todas elas exigem a mesma exclusividade", diz o historiador britânico Christopher Catherwood, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Foi assim com os judeus, os primeiros monoteístas, que reivindicaram uma aliança especial com Deus há 4 mil anos (leia mais na reportagem da pág. 22). Sua noção de "povo eleito" foi atacada por João Crisóstomo e outros patriarcas da Igreja Católica, que no século 4 qualificaram os seguidores do judaísmo de filhos do Diabo e inimigos da raça humana. Em 325, o 1º Concílio de Nicéia culpou-os pela morte de Jesus - uma acusação só retirada em 1965, no Concílio Vaticano 2º, e que insuflou 2 mil anos de injúrias e matanças. Durante a Inquisição, por exemplo, milhares de judeus foram parar na fogueira; outros tantos se converteram em massa à fé cristã, já que o batismo era a única chance de salvação.
No século 7, foi a vez de o islã tentar impor a primazia de seu Deus sobre os demais. Os exércitos de Maomé partiram da Arábia para invadir o Oriente Médio, o norte da África e a Espanha. "O objetivo da expansão não era tanto econômico ou político, como no imperialismo ocidental do século 19, mas a conquista em nome da fé, que eles acreditavam ser a verdadeira", diz Catherwood. Reconhecidos como "povos do livro", judeus e cristãos puderam manter sua fé desde que pagassem altos tributos - e, dependendo do governo em exercício, sofriam perseguições.
Assim, quando o papa Urbano 2º lançou as cruzadas para tentar recuperar a Terra Santa, em 1096, os espanhóis já vinham lutando contra os muçulmanos havia quase 400 anos. Urbano prometeu apagar para sempre os pecados de quem embarcasse na empreitada, que fracassou depois de transformar Jerusalém em um cemitério a céu aberto. "Cabeças, mãos e pés se amontoavam nas ruas", escreveu Raymond de Aguiles, um dos cruzados.
Em 1215, o 4º Concílio de Latrão proibiu os judeus de exercer funções públicas e os obrigou a usar um distintivo de identificação sobre as roupas - medidas que seriam reeditadas no século 20 por Adolf Hitler e o regime nazista. É certo que o Holocausto foi executado no auge da sociedade moderna e racional. Mas a força motriz do genocídio - o antissemitismo - se nutriu dos mitos religiosos arraigados durante séculos na Europa.
Da mesma forma, só é possível entender os conflitos dos anos 90 nos Bálcãs tendo em conta as heranças religiosas do passado. No século 14, a região foi invadida pelos turcos-otomanos - o último império muçulmano, que determinava a identidade das pessoas pela religião a que pertenciam. A maioria delas pôde continuar acreditando no Deus do cristianismo, sem os mesmos direitos dos "fiéis". Muitos, no entanto, se converteram ao islamismo - e veio o problema. "Os atuais bósnios muçulmanos descendem daqueles que se converteram durante a conquista turca", diz Catherwood. "Para os sérvios, eles são traidores."
Cristãos ortodoxos, os sérvios até hoje celebram o ano de 1389 - quando Lazar, chefe das tropas sérvias, morreu enfrentando os muçulmanos e virou mártir. O líder sérvio Slobodan Milosevic invocou esse sacrifício em seus discursos de 1989, acendendo a chama dos confrontos que levariam a uma matança desenfreada.
Nas palavras do historiador americano Mark Juergensmeyer, da Universidade da Califórnia, a linguagem religiosa tem o poder de "trasladar o conflito humano a uma dimensão cósmica". Traduzindo: no diaadia, não matamos gente; mas, se Deus ordena, podemos. Nesse caso, a violência não seria um ato selvagem, mas o cumprimento da vontade divina.

Fundamentalismo

O século 20 viu crescer uma devoção militante nas principais religiões, chamada popularmente de fundamentalismo. "Alguns fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos numa mesquita ou matar médicos que fazem aborto. A maioria não é violenta, mas rejeita conquistas da modernidade, como a democracia, o pluralismo, a tolerância religiosa e a separação entre religião e Estado", diz a pesquisadora inglesa Karen Armstrong, autora do livro Em Nome de Deus.
O fracasso do Estado
Para esses radicais, nossa sociedade racional e pecadora tem levado a uma crise moral. "O fracasso da modernidade seria causado pela ausência de Deus", diz o sociólogo francês Jean-Louis Schlegel. Essa reação ocorre não apenas nas religiões monoteístas mas também no hinduísmo e no budismo.
Apesar das enormes diferenças entre os grupos fundamentalistas, eles geralmente buscam reconduzir sua religião ao caminho "puro e verdadeiro" de seus ancestrais. Por isso, os alvos principais são os seguidores moderados de sua própria crença. Foi o caso dos protestantes americanos que, no início do século 20, quiseram se distinguir dos protestantes liberais e se denominaram "fundamentalistas" - daí o nome. Eles queriam voltar aos fundamentos da tradição cristã, o que incluía interpretar a Bíblia da forma mais literal possível e parar de ensinar a Teoria da Evolução nas escolas - uma campanha que ainda divide os EUA.
Dentro do judaísmo foi criado o grupo ultraortodoxo Naturei Karta, que é contra a existência do moderno Estado de Israel. Para esse grupo, o regime israelense é herético porque sua ideologia fundadora - o sionismo - rejeitaria Deus e a Torá (o livro sagrado). Rabinos do Naturei Karta apoiam o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel.
Já o fundamentalismo islâmico vem do grupo Irmandade Muçulmana, fundado em 1928 no Egito. Para ele, o islã entrou em decadência ao adotar o modo de vida ocidental. Portanto, é preciso derrubar os governos moderados e substituí-los por regimes baseados na sharia - a lei islâmica. São essas ideias que inspiram terroristas como os da Al Qaeda.
O fracasso do Estado
Mas o radical islâmico que joga um avião contra um prédio não acredita no mesmo Deus que um muçulmano moderado? Como o Deus de um pode condenar esse crime, se o Deus do outro promete transformá-lo em herói? Aí é que está: o Deus é o mesmo, mas as interpretações de sua mensagem são distintas. O suicídio, por exemplo, sempre foi pecado na tradição islâmica. Hoje, no entanto, é interpretado como martírio pelos fundamentalistas - e usado como arma por terroristas.

Pomos da discórdia

Um resumo de 4 conflitos recentes, sanguinários e de fundo religioso
CONFLITO - Judeus x Muçulmano
ONDE - Oriente Médio
QUANDO - Em curso desde 1947
RESULTADO - Mais de 7,5 mil mortos de 2000 para ca
O conflito começou como disputa territorial, por causa da criação do Estado de Israel, mas assumiu caráter religioso. Hoje, fundamentalistas judeus e islâmicos são o maior entrave para a paz. Um não aceita a existência do outro e quer varrer o oponente do mapa para sempre.
CONFLITO - Hindus x Muçulmano
ONDE - Índia e Paquistão
QUANDO - Fim da década de 1950
RESULTADO - 500 mil morto
A violência eclodiu com o fim do domínio colonial britânico sobre a Índia, em 1947. Os muçulmanos se negaram a integrar um país com os hindus, foram à guerra e criaram o Paquistão. De lá para ca, outros dois conflitos já ocorreram, por causa da disputa pela região da Caxemira.
CONFLITO - Católicos x Protestante
ONDE - Irlanda do Norte
QUANDO - Décadas de 1960 a 1980
RESULTADO - Quase 4 mil morto
A rixa histórica entre cristãos irlandeses descambou para a violência embalada por um componente político: de um lado, a maioria protestante (chamada unionista) quer continuar ligada ao Reino Unido; do outro, a minoria católica (nacionalista) almeja pôr fim ao domínio britânico.
CONFLITO - Cristãos x Muçulmano
ONDE - Bálcã
QUANDO - Décadas de 1980 e 1990
RESULTADO - Mais de 100 mil morto
Durante décadas, o ditador comunista Josip Tito manteve as províncias da Iugoslávia unidas à força. Com sua morte, em 1980, o nacionalismo religioso explodiu numa espécie de luta de todos contra todos - incluindo sérvios (ortodoxos), bósnios (muçulmanos) e croatas (católicos).
Para saber mais sobre o assunto:
• Em Nome de Deus ( por Karen Armstrong, Companhia das Letras, 2001 )
FonteSuper Interessante (2009 – Ed. 263ª por Eduardo Szklarz)
Comentários: Elane F. De Souza
Figuras: Authorstream. Com


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