Ser mulher é “padecer no paraíso”?! Pergunte a uma portadora de endometriose


Que as respostas sejam dadas por nós, as beneficiadas pela maternidade, todavia "vítima dela", uma vez que para sermos mães teremos que “suportar” e enfrentar muitas das fases, reações e períodos que só quem já passou sabe o que é, com mais razão as mulheres que enfrentam a endometriose e mesmo assim lutam para serem mães. A essas, todos nós deveríamos render nossas mais sinceras homenagens.
Uma mulher com endometriose é uma guerreira. Vive, estuda e trabalha como qualquer outra – muitas delas com dupla jornada. Só uma portadora da Endometriose poderia dizer o que passa, em especial, nos dias em que está menstruando. 

Trabalhar é um sacrifício muito grande pois há muitas dores, mal humor e falta de tolerância com tudo e com todos.  Ninguém quer suportar, nem é obrigado a suportar colega com TPM (mas, infelizmente, não é só uma TPM, é algo mais), no entanto eles (os colegas) não tem obrigação de saber ou entender esse “pequeno” diferencial.
Ser mulher padecer no paraso Pergunte a uma portadora de endometriose

Endometriose Definição/Conceito


endometriose é uma afecção ginecológica que consiste na presença de tecido uterino fora da cavidade uterina. Atinge principalmente mulheres com idade entre 25 e 40 anos, mas pode atingir mulheres de qualquer idade que ainda apresentem períodos menstruais.
Considerada uma das principais causas de dor pélvica nas mulheres, esta doença muda o dia a dia da mulher, prejudicando intensamente a qualidade de vida, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Apesar das causas desta doença não serem bem conhecidas, hoje em dia acredita-se a doença surja devido a componentes genéticos associados uma alteração da defesa do organismo da mulher. Os especialistas sabem que ela reage ao ciclo menstrual das mulheres, às taxas de hormônios femininas. (fonte: Aqui)
Veja conceito, por Maurício Simões Abrão, médico, Prof. Da USP, para Dráuzio Varela – (fonte aqui) – A endometriose ocorre quando o endométrio, ou seja, o tecido que reveste a cavidade uterina, implanta-se fora do útero. Trata-se de uma doença estudada há muito tempo. As primeiras teorias sobre o assunto têm mais de cem anos. Cogita-se que, quando a mulher menstrua – e a menstruação nada mais é do que a eliminação do endométrio -, fragmentos desse tecido podem caminhar pelas tubas, alcançar a cavidade abdominal, nela implantar-se e crescer sob a ação dos hormônios femininos. Hoje se sabe que mulheres normais também podem apresentar essa menstruação retrógrada, ou seja, a que faculta a chegada do endométrio na cavidade abdominal, mas só algumas têm endometriose. Pode-se concluir, então, que alguns fatores permitem a instalação dos implantes na cavidade peritoneal, entre eles, destaca-se o sistema imunológico da mulher.
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Grande maioria das portadoras têm dismenorreia, ou seja, cólica menstrual, o primeiro e mais importante sintoma. Muitas vezes são cólicas intensas que incapacitam as mulheres de exercerem suas atividades habituais. A dor pode ainda manifestar-se durante a relação sexual, quando o pênis encosta no fundo da vagina (dispareunia). É o segundo sintoma. Além desses, podem estar presentes a dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual.

“Mulheres com prazo de validade”


“corrida por uma gestação” se dá pelos fatores genéticos da mulher. Todas nós sabemos que há um prazo limite para uma gestação normal e sem grandes problemas. No entanto existem possibilidades da mulher gerar um filho mesmo após esse prazo, basta que ela se recorra de algumas práticas médicas, hoje comuns (reprodução assistida, inseminação artificial, barriga de aluguel, etc), mesmo que a gravidez se dê de forma não tão normal, e seja ela a“carregar” o filho no ventre, há um prazo estabelecido pelo CFM para tanto.
Uma Resolucao do Conselho Federal de Medicina de 2013 prevê um prazo limite. Desde maio daquele ano que a idade máxima para a mulher poder se submeter à inseminação artificial é de 50 anos. Antes, não havia limite de idade para a prática. O limite foi escolhido por causa do risco obstétrico, já que, após os 50 anos, aumentam os casos de hipertensão na gravidez, diabetes e partos prematuros. (Resol. 2.013/2013 de 09 de maio de 2013)
Assim, mulheres com endometriose, além das dores e incômodos ainda vivem na ansiedade pois é uma corrida contra o tempo. Quando não encontram um tratamento adequado pela laparoscopia ou até mesmo “cirurgia aberta”, que retire, ao menos temporariamente, o impedimento gestacional, poderão passar a vida sem saber o que de fato é ser mãe.


Autoria/Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/Créditos: naoconsigoengravidar. Com e drcarlos. Med


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