Milícias: Crime organizado, alías, muito bem “organizado” por sinal

Certo dia, “navegando” na internet, li uma frase de efeito que dizia assim: A luta contra a criminalidade organizada é muito difícil, porque a criminalidade é organizada, mas nós não” (por A. Amurri). Ao ler, me dei conta de que ela podia, perfeitamente, ser inserida a essa reportagem, que mais uma vez, ouço e transcrevo aqui, agora mais atualizada.
Milcias Crime organizado alas muito bem organizado por sinal
Reportagem G1. RJ em 07/04/2015 20h04. Um homem que foi beneficiado pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, e denunciou as ameaças e assassinatos comandados por milicianos em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, foge há 1 ano e 3 meses pelo país. Expulso da própria casa, ele denunciou milicianos para a polícia. Desde então é perseguido e ameaçado de morte. Na reportagem especial do RJTV desta terça-feira (7), o Arquivo RJ mostra a rotina de medo dessa família que ainda está longe de uma solução.
A família foi sorteada pela Prefeitura para financiar o imóvel. Em 2010, tinha perdido tudo nas chuvas que castigaram o Rio. Mas o que era para ser um recomeço se tornou um pesadelo.
"No dia 13 eles já estavam lá me cadastrando, dizendo quanto eu tinha que pagar mensalmente e tal”, lembrou o homem, que prefere não se identificar. “No primeiro mês a taxa chegou a R$ 240, depois de R$ 240 passou para R$ 300, R$ 350. Até chegar a última: R$ 560. A taxa é de segurança. Para você não ser assaltado, não ser morto, a sua família não ser estuprada", disse. O Fantástico denunciou a perseguição sofrida por essa família. Quando foi expulso de casa, o morador procurou a polícia e entregou os milicianos. Baseada nas informações passadas por ele, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado desencadeou a operação tentáculos, que levou para a cadeia 21 homens da maior milícia do Rio de Janeiro.

Milícia ainda atua

Um ano e três meses depois da expulsão da família, a milícia continua atuando em Campo Grande e a vida do homem que botou na cadeia 21 milicianos tem um preço: R$ 100 mil reais. “O dinheiro é para quem chegar comigo lá vivo. Se me matar e levar assim foto, eles dão R$ 5 mil, R$ 10 mil”, revelou. A família chegou a ser incluída no serviço de proteção à testemunha, mas eles nunca se sentiram seguros e abandonaram o programa. “A gente não tem vida. A gente tá sobrevivendo dia após dia, porque nesse um ano e três meses o que a gente fez foi só rodar o Brasil inteiro, fugindo de polícia, de milícia. A gente se esconde aqui, se esconde ali e eles sempre localizando a gente”, admitiu.

4 mil quilômetros

Eles já percorreram 4 mil quilômetros Brasil afora e se abrigaram em mais de 20 lugares diferentes. “Nossas crianças não podem ir ao médico, não pode ir à escola. A minha filha está fora da escola. Se eu matricular ela nessa escolinha aqui na frente, depois de amanhã a milícia tá aí. Eu não durmo, já faz um ano que eu não durmo. Eu passo a noite inteira acordado olhando no basculante”. A família viveu nas ruas, se abrigou em hospitais e chegou a ficar dois meses numa sala da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, com medo de pôr os pés na rua. Há um mês, o padre de uma paróquia, na periferia de uma pequena cidade, abriu as portas para eles.“Já levamos carta para o Papa. Nós queremos denunciar isso. Para que não somente este caso seja conhecido aqui no Brasil, mas mundialmente. Isto é descaso do poder público”, afirmou o padre, sem se identificar. Enquanto as autoridades não encontram meios de dar proteção a essa família, a eles só resta a esperança de sobreviver.
A Caixa Econômica Federal disse que encaminha todas as denúncias para as autoridades de segurança, mas não respondeu, até a última atualização desta reportagem, se as famílias expulsas podem ser reinseridas no "Minha Casa, Minha Vida".
A Secretaria de Assistência Social, que gere o programa de proteção à testemunha no estado, disse que há regras de segurança a serem seguidas pelas pessoas que ingressam no programa. Mas não respondeu às críticas feitas na reportagem. O Ministério da Justiça não se pronunciou.
Obs.: Com autorização do personagem da história divulgo o nome do Padre que ajuda essa família e outras que, inclusive se encontram debaixo de viadutos. O Padre Pedro é um Polonês, ferrenho defensor dos Direitos Humanos, da vida e contrário ao aborto.
O trabalho que deveria ser feito pelo Estado Brasileiro vem sendo feito por esse Padre, que nem Brasileiro é, todavia o faz sem condições, em nome do amor ao próximo. É um exemplo que muitos deveriam seguir!
Milcias Crime organizado alas muito bem organizado por sinal
Fonte desse artigo (na íntegra): http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/04/expulsos-do-minha-casa-minha-vida-fogem-ha-mais-de-1-ano-de-milicia.html (07/04/2015 19h51 - Atualizado em 07/04/2015 20h04)
Comentários: Elane F. Souza OAB-CE 27.340-B
Fotos: movimentocontraasmiliciasnobrasil. Blogspot e alagoas24horas. Com. Br


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